sábado, 27 de junho de 2015

PROPOSTA DE GESTÃO DEMOCRÁTICA

PLANO DE MELHORIA PARA O CE SÃO JOSÉ DE RIBAMAR SEDE E ANEXO SARNEY FILHO IDENTIFICAÇÃO ESCOLA: Centro de Ensino “São José de Ribamar” – Sede e Anexo Sarney Filho POLO: XII IDENTIFICAÇÃO DA CHAPA CANDIDATO A DIRETOR GERAL: Valdeci Cantanhede Costa CANDIDATO A DIRETOR AUXIALIAR 1: Antônio Carlos Marques Figueredo CANDIDATA A DIRETOR AUXILIAR 2: Luzilene Silva Frasão 1 APRESENTAÇÃO VALDECI CANTANHEDE COSTA, brasileiro, casado, portador do RG nº 030598682006-6 SSP/MA, inscrito no CPF nº 100377303-63, professor efetivo da rede pública estadual desde 1992, lotado no CE “São José de Ribamar sob as matrículas 610170 e 1064989, Licenciado em Pedagogia com habilitação para o Magistério; Pós-graduado em Orientação Educacional, Supervisão e Gestão Escolar, residente e domiciliado à Rua 28 de Julho, 610, bairro Cruzeiro, São José de Ribamar/MA; ANTÔNIO CARLOS MARQUES FIGUEREDO, CPF 75089041334 e RG 1174389998, Licenciado no Curso Especial de Formação Pedagógica – Licenciatura Plena pela Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú, do Estado do Ceará, Bacharel em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Maranhão, professor do CE São José de Ribamar há 12 anos; LUZILENE SILVA FRAZÃO, brasileira, casada, servidora pública efetiva da SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, portadora das matriculas 0000610220 e 0001308600, com inscrição no CPF 483402863-15 e RG 0470428420128 com formação em Licenciatura Plena em História pela Universidade Estadual do Maranhão. Atualmente exerce a função de Gestor Adjunto no C.E São José de Ribamar com experiência adquirida também na escola Dr. Paulo Ramos onde exerceu a mesma função no período de 3 anos, quando a referida escola era vinculada Secretaria de Estado da educação, vêm em comum acordo apresentar Plano de Melhoria para o CE São José de Ribamar – Sede e Anexo “Sarney Filho”, caso sejam eleitos no processo seletivo para os cargos de Gestor Geral e Gestor Auxiliar do referido Centro de Ensino. Durante toda nossa carreira profissional temos procurado exercer o Magistério com responsabilidade, zelo e compromisso. Temos, todos nós, feito do ato educativo, um instrumento de transformação social, de construção e fortalecimento da cidadania, de respeito mútuo para com nossos alunos e toda a comunidade escolar e local onde há anos trabalhamos como educadores. Temos, em uníssono, plena consciência de que o ato educativo deve ser exercido como um serviço que leva a promoção da liberdade e da dignidade humana. Visão esta, que coincide com a avaliação e julgamento positivos que comunidade escolar e local fazem da nossa atuação profissional. 2 INTRODUÇÃO 2.1 Breve Histórico da Escola O Centro de Ensino “São José de Ribamar”, instituição da rede pública estadual de educação situado na cidade do mesmo nome e reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação, quando de sua fundação funcionou provisoriamente no prédio que abriga, ainda hoje, a Escola “Dr. Paulo Ramos” na Av. Gonçalves Dias, s/n, tendo sua sede própria inaugurada mais tarde na à Rua do Olho D’Água, s/n, bairro Vieira, cidade de São José de Ribamar, onde funciona até os dias atuais. Por muitos anos constituiu-se a única e exclusiva Escola de Ensino Médio da rede estadual de ensino na cidade. Atualmente é dirigida pelo Professor Josué de Jesus Soares (Gestor geral) e a Professora Luzilene Frasão (Gestora Auxiliar). 2.2 Caracterização Socioeconômica e Cultural da Escola A Escola está encravada na área urbana periférica da cidade, cuja comunidade conta com os benefícios dos serviços públicos de energia elétrica, abastecimento de água, coleta de lixo, pavimentação asfáltica, telefonia fixa e móvel, transporte coletivo e educação. Por outro lado, inexiste, na comunidade, política pública que garanta atendimento aos serviços básicos de saúde, segurança, assistência social e lazer aos moradores. Há no bairro templos religiosos para adeptos da religião católica e protestantes. O setor industrial limita-se a apenas uma fábrica de gelo como suporte para a conservação do pescado. Empiricamente, pode-se afirmar que a população na sua grande maioria pertence à classe economicamente desfavorecida formada especialmente por pescadores artesanais autônomos ou que trabalham para terceiros. Há na pirâmide social da comunidade, além de pescadores, pequenos comerciantes, feirantes, vendedores, servidores públicos e desempregados que constituem famílias numerosas morando em casas de alvenaria de tamanho pequeno a médio. Socialmente, a comunidade convive com a violência advinda do tráfico de drogas, cujos locais de compra e venda de entorpecentes, as chamadas “bocas” circundam a Escola e não raro protagonizam cenas de violência nas proximidades e até mesmo de provocações e ameaças aos escolares merecendo intervenção policial em diversos momentos. O tráfico e uso de drogas (maconha) ocorre a qualquer hora do dia e da noite sem que traficantes e usuários se incomodem com a presença dos transeuntes. Com relação à clientela escolar, há um fenômeno incomum haja vista ser a maioria absoluta dos alunos oriundos de outros bairros/comunidades como São Raimundo, Gambarrinha, J. Câmara, Roseana Sarney, Vila Dr. Julinho, Sítio do Apicum, Canavieira, Panaquatira, Mirititiua, Vila Alcione, Pedreira, Sarnambi, São Benedito, Campina, Moropoia, Mojó e outros, sendo na maioria filhos de pescadores, comerciários, servidores públicos, domésticas e trabalhadores autônomos. Nossos alunos não diferem das outras Escolas públicas do Estado do Maranhão, de um modo geral são na maioria, provenientes das camadas populares, economicamente, desfavorecidas e de nível de escolaridade básico ou elementar. Dentro desse quadro, estudar, para esses alunos, torna-se a única alternativa de dias melhores para si e suas famílias. Desse modo, urge que os atores sociais que atuam dentro desta Escola evidem esforços para oferecer a estes jovens melhores condições de educação e inserção no ambiente social. 3 JUSTIFICATIVA A Escola é uma das mais antigas instituições sociais da humanidade. Não foi criada pro acaso, ela tem papel e função sociais bem definidos com vistas atender os anseios, desejos e necessidades da sociedade. Deve ser, portanto, uma instituição versátil capaz de acompanhar as exigências, as mudanças e as transformações que se processam na sociedade a seu tempo. Em pleno Século XXI, a escola não pode ser a mesma dos séculos passados, tem que se reinventar, se recriar e readequar a cada momento no seu fazer pedagógico, transformando a Educação num veículo eficiente e eficaz por onde transita o conhecimento, o saber e a cultura socialmente produzidos pela humanidade ao longo da história, num processo dialético e democrático de ensinar e de aprender que envolve todos os sujeitos que fazem a escola. Daí, então, a necessidade de se rever e se aprimorar as práticas reinantes no interior da escola, a começar pela concepção de currículo que nela se desenvolve. Isso demanda vontade política e requer ousadia, atitude e ação consciente e consistente de seus atores sociais para inovar, reformular, pensar, organizar, planejar, mudar e transformar a realidade escolar. O Projeto Político Pedagógico é sem dúvidas o mote inicial para sustentação dessa ideia de transformação social, política e cultural que se propõe na Escola nos dias atuais, uma vez que sua construção deve ser pautada em princípios democráticos por meio de uma gestão participativa e transparente que envolva todos os segmentos presentes na instituição, dando a eles vez e voz no processo decisório de interesse da comunidade escolar. Diante disso, a presente proposta se justifica pela necessidade de sistematização dos pressupostos básicos mínimos de uma gestão democrática com vistas a nortear o trabalho destes pretendentes ao cargo de Gestor Geral e Gestor Auxiliar, constitui-se prova documental do compromisso assumido pelos mesmos perante a comunidade escolar e local, proposta esta, que deve ser executada no decorrer da gestão, caso sejam eleitos. 3 MOTIVAÇÃO • A busca da qualidade educacional com foco no acesso, permanência e sucesso dos estudantes; • O conhecimento da Comunidade Escolar e Local: realidade, necessidades e potencialidades. 4 OBJETIVO GERAL Gerir a Unidade Escolar com base nos pressupostos legais da Gestão Democrática, fortalecendo os órgãos de decisão colegiada, congregando e garantindo a participação de todos os segmentos que formam a Escola tendo como base a máxima: “Gestão Democrática: participação, transparência e democracia”, estabelecendo desse modo, um ambiente social e pedagógico agradável e propício para o desenvolvimento do ato de descoberta do conhecimento através da estimulação e da motivação de professores, funcionários, gestores, pais e alunos, tornando a Escola um modelo de superação de indicadores indesejáveis, de estigmas e preconceitos, buscando assim se reinventar por meio de uma gestão e de uma pedagogia de transformação social. 5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Sensibilizar os atores envolvidos para importância e emergência do projeto de Gestão democrática em curso; • Articular um elo de confiança entre Escola x Família x Comunidade a fim de estabelecer um diálogo constante entre estes três entes, além de mobilizar pais, mães ou responsáveis de alunos para o interior da Escola; • Estabelecer como pilar fundamental do projeto de gestão democrática: participação, transparência e democracia; • Repensar atitudes, comportamento, visões e práticas dos atores envolvidos, sem, no entanto, enxergá-los como indivíduos passivos, acomodados e conformados com o status quo, mas como agentes transformadores da realidade escolar; • Investir na formação profissional de pessoal docente, administrativo, pedagógico da Escola; • Considerar o Colegiado Escolar, Conselhos e demais órgãos colegiados na tomada de decisões que interessem a Comunidade Escolar; • Incentivar e apoiar a criação de entidades associativas no interior da Escola como Grêmio Estudantil e Associação de Pais para congregar estudantes e pais de alunos, respectivamente; • Realizar, favorecer, incentivar e apoiar eventos sócio-recreativo-culturais entre alunos, professores, pais, servidores em geral; • Formar parcerias com entidades, instituições e órgãos (Ministério Público, GEAP, Universidades, Conselho Tutelar, etc) que possam contribuir com a melhoria da Escola; • Transformar a Escola em espaço aberto e democrático para a Comunidade local; • Fazer circular com clareza, rapidez e eficiência, as informações de interesse da Comunidade Escolar e local; • Priorizar o processo ensino e aprendizagem como meta central da gestão escolar; • Atender a comunidade com presteza, dedicação e prontidão. • Prestar maior assistência e congregar os Anexos (Panaquatira, Vila Dr. Julinho, Vila Sarney Filho, Juçatuba e Bom Jardim) do CE “São José de Ribamar” – Sede, em todas as ações desenvolvidas pela Escola. 6 AÇÕES/METAS 6.1 Gestão dos resultados • Promoção de ações que reduzam a infrequência, a evasão e a retenção escolar por meio do acompanhamento sistemático dos resultados apresentados pelos professores no SIAEP, pela realização de rodas de conversas com os alunos, pais ou responsáveis; • Democratização do acesso aos alunos e professores a todos os espaços e recursos de aprendizagem disponíveis na Escola; • Reativação da Biblioteca, do laboratório de informática e de Ciências da Escola; • Incentivo, informação, apoio e realização de inscrições dos alunos da 3ª série no ENEM e vestibulares, visando aumentar a participação e desempenho da Escola nesses certames a cada ano; • Inscrição de professores e alunos em eventos de interesse educativo/formativo local, regional e nacional; • Desenvolvimento de uma campanha de marketing digital permanente com o objetivo de revitalizar e resgatar a identidades e a valorização da Escola na comunidade; • Promoção e realização de Seminário Anual de Educação do CE “São José de Ribamar” com a participação de todos os segmentos; • Promoção e realização, em conjunto com as outras Escolas, do Fórum dos estudantes, pais, professores e gestores e servidores do Ensino Médio, anualmente, para fixar ações, metas e objetivos comuns para o ano seguinte, tendo como reflexão os resultados alcançados no ano anterior; • Certificação dos alunos concludentes do Ensino Médio no ato de formatura anual. 6.2 Gestão Participativa • Reelaboração, revisão e efetivação do Projeto Político Pedagógico da Escola com a participação de toda comunidade escolar; • Implementação da prática de planejamento participativo das ações desenvolvidas pela Escola; • Garantia de participação de representação de alunos nos órgãos de decisão colegiada como Conselho de Classe e outros; • Incentivo e apoio à criação de instâncias associativas de alunos e pais da Escola; • Instalação de rede de internet banda larga com velocidade que atenda a demanda da Escola; • Liberação e democratização do uso da internet no ambiente escolar para todos os segmentos mediante combinados; • Fomento e realização de rodas de conversa, reuniões e encontros com alunos e pais da comunidade escolar; • Promoção de campanhas beneficentes na área assistencial, de conscientização sobre temas de interesse geral da comunidade escolar e local envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar; • Promoção e realização de eventos, projetos e atividades que envolvam a comunidade escolar em ações de bem-estar social, cidadania e solidariedade humana; 6.3 Gestão Pedagógica • Adoção do Planejamento didático como prática individual e coletiva dos professores; • Realização de eventos de formação continuada para o corpo docente, corpo administrativo, gestão, coordenação e supervisão da Escola; • Adoção de projetos pedagógicos interdisciplinares na prática docente com foco na pesquisa e na investigação metódica do conhecimento por parte dos envolvidos no processo ensino e aprendizagem; • Realização de eventos formativos, sócio-recreativo-culturais envolvendo todos os segmentos da Escola e a comunidade local; 6.4 Gestão de Pessoas • Reordenação de funções de pessoal administrativo da Escola; • Realização de eventos formativos, sócio-recreativo-culturais envolvendo todos os segmentos da Escola e a comunidade local; • Realização de atividades esportivas como mote para promover a integração de todos que atuam na Escola; • Realização de atividades que dê ênfase a datas alusivas à juventude, aos professores, pais, mães, idosos, Consciência Negra e outras datas civis e comemorativas; • Tratamento dos conflitos existentes no ambiente escolar; • Criação de uma rede de intercâmbios, comunicação, informação e interação entre os segmentos (jornal, mural, rádio, site, blog, e-mail, Watsapp); 6.5 Gestão de Serviços e Recurso • Instalação de rede de internet banda larga com velocidade que atenda a demanda da Escola; • Diagnóstico da realidade social, educacional, material, financeira, de pessoal e de estrutura física da Escola; • Atualização dos procedimentos de registro e escrituração da Escola; • Reorganização e reestruturação do funcionamento da Escola; • Otimização e racionalização dos recursos materiais, financeiros e humanos disponíveis na escola de acordo com as necessidades pedagógicas e administrativas, em consonância com a legislação vigente; • Melhoria da estrutura física, do equipamento e do mobiliário da Escola; • Zelo e manutenção do patrimônio público escolar por meio de ações que visem, sobretudo, uso consciente e racional dos bens da Escola; • Reativação da Biblioteca, do laboratório de informática e de Ciências da Escola; • Criação de uma rede de intercâmbios, comunicação e informação entre os segmentos (jornal, mural, rádio, site, blog, e-mail, Watsapp); • Criação do “Espaço Memória” da Escola para registro da história da Instituição: galeria de fotos, escritos, placas, troféus, etc.; 7 RESULTAOS ESPERADOS • Melhoria da qualidade do processo ensino e aprendizagem; • Melhoria dos indicadores de aprendizagem em avaliações internas e externas; • Motivação, satisfação, empenho e envolvimento da equipe escolar com os objetivos, metas e ações da instituição escolar; • Satisfação da comunidade escolar e local com os serviços prestados pela Escola; • Transformação da escola num ambiente de trabalho agradável, solidário, amigável e prazeroso para todos aqueles que desenvolvem suas atividades profissionais e estudantis, como para os que visitam, procuram e necessitam de seus serviços; • Convívio autônomo, pacífico, plural, diverso, tolerante, transigente, transparente e democrático no cotidiano da vida escolar; • Organização, autonomia e participação dos segmentos que atuam na Escola no processo de decisão dos interesses coletivos da comunidade escolar e local; • A liberdade de expressão e o respeito mútuo como princípios basilares da convivência interescolar; • Qualificação e formação de quadros de excelência profissional em todos os níveis e setores da Escola para atuarem na prestação dos serviços prestados à comunidade; • Qualificação do prestígio, da importância e da imagem da Instituição perante a Comunidade Escolar, entre outros. 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Há que se considerar que a proposta de trabalho ora apresentada envolve ações, metas e objetivos que levam em conta os fatores tempo, recursos, prioridades, importância, relevância e urgência no processo de escolha, realização e efetivação da prática gestora em comum acordo com a comunidade escolar e local. Outros componentes decisivos na efetivação e concretização desta proposta são o apoio logístico, a disponibilidade de equipamentos, a estrutura administrativa, a sinergia e esforço coletivo da equipe escolar. E, para finalizar, tem-se plena consciência que a presente proposta não garante por si só uma gestão democrática do espaço escolar, nem acontece de uma hora pra outra; é um processo que se constrói no dia-a-dia, na convivência diária, cotidiana; no diálogo intenso e constante com todos; é um processo dialético de busca pela realização e satisfação coletivas que não tem fim, é contínuo, longo e permanente, podendo, por estas razões, serem desenvolvidas e atendidas a curto, médio ou longo prazo. Nesse sentido o que mais importa é a decisão de superar obstáculos, transpor barreiras e vislumbrar possibilidades de mudança e transformações sociais da escola por meio da participação, da transparência, da autonomia, do pluralismo e da democracia visando o bem comum, conjugando sinergia, esforço e integração entre ações (o que fazer), planejamento (como fazer) e gestão (como melhorar) como tripé de sustentação de todo o trabalho para melhorar a Escola. Eis o que pensamos e propomos como ação de gestão democrática para o CE São José de Ribamar – Sede e anexo, uma vez aprovados/eleitos no presente certame. São José de Ribamar, 28 de abril de 2015. VALDECI CANTANHEDE COSTA ANTONIO CARLOS MARQUES FIGUEREDO LUZILENE SILVA FRAZÃO

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